Em quase todas as ocasiões uma Startup precisa de capital suficiente para poder crescer, e este é o momento certo para ir atrás de investimento de venture capital, seja com eventuais familiares, investidores anjo, empresas ou fundos de investimento. Sendo assim, nesta fase acaba sendo muitas vezes uma tortura para o empreendedor conseguir fechar o investimento com um contrato de investimento ideal, com problemas em assinar um documento que se sinta seguro, e muitas vezes por conta da pressa acaba celebrando um documento que a longo prazo não irá funcionar. Mas, afinal, qual o melhor contrato para seu negócio?
A resposta não é tão simples, pois existem alguns tipos de contrato e, para saber qual caminho seguir, primeiro é necessário entender que tipo de relacionamento o investidor deseja ter com sua Startup, e, qual a expectativa que você, como empreendedor, tem com ele. Este vínculo pode ser levado em um aspecto simples, que é considerar se o investidor irá participar do negócio ou não, se realmente será como chamado “smart money”.
Com esta resposta muito bem alinhada com seu potencial investidor, você poderá estabelecer o melhor tipo de contrato para o negócio, seja um mútuo conversível, ou contrato de investimento direto, entre outras opções, mas principalmente as cláusulas entre as partes na operação. Um exemplo, se o investidor deseja participar do negócio, faz sentido ter uma cadeira no conselho de administração, caso contrario não faz muito sentido.
O contrato que acaba sendo mais utilizado no mercado é o mútuo conversível, que funciona como um empréstimo que lá na frente, ou em algumas situações, se expressas, poderá ser convertido em uma participação já definida na Startup ou que será apurada em próxima rodada. Caso contrário, se não ocorrer a conversão do mútuo, a Startup deverá devolver o empréstimo com juros. Este é o contrato mais utilizado, pois garante uma segurança ao investidor, por não ter responsabilidade de sócio na empresa, pois ele “emprestou dinheiro” e não é sócio por hora, é fácil, pois não é necessário formalizada de registro em órgãos específicos, e para o empreendedor é bom por não ter uma taxa de juros alta quando comparado com empréstimos em bancos.
O que se tem que levar em consideração nesta fase de captação são alguns pontos: já ter uma estrutura preparada para receber o investimento, para demonstrar para o investidor que seu negocio é seguro, possuir um time capaz de fazer o negocio ir para o próximo level e que o investimento que está captando é a peca necessária para a evolução, e fazer um contrato bom para os dois lados, chamado “contrato fair”, pois um contrato ruim para uma das Partes acaba prejudicando as próximas rodadas e o bom relacionamento do fundador com seus investidores.
Com um bom contrato em mãos, com as expectativas de cada lado muito bem estabelecidas e claras, a Startup poderá crescer de uma forma muito mais segura e com um bom relacionamento com seus investidores, o que facilitara bastante a próxima rodada de captação.
Artigo escrito por Arthur Braga Nascimento, CEO e Fundador da BONUZ.
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